O Homem de Ferro no trailer de Os Vingadores.

O HQRock já publicou um post em duas partes com os principais membros dos Vingadores nos quadrinhos – leia aqui a Parte 01 e a Parte 02 – mas com a proximidade do filme, vamos detalhar os personagens do filme em posts separados.

Já publicamos o perfil da Viúva Negra e do Gavião Arqueiro. Agora, é a vez do Homem de Ferro e sua história nos quadrinhos.

Um herói diferente

A armadura atual do Homem de Ferro nos quadrinhos.

O Homem de Ferro foi criado por Stan Lee e seu irmão Larry Lieber. Sua primeira história foi desenhada por Don Heck, mas foi Jack Kirby quem criou o visual do herói e ajudou a desenvolvê-lo.

A estreia do personagem se deu na revista Tales of Suspense 39, de 1963, uma antologia de histórias de ficção científica e aventura produzida pela Marvel Comics. O conto não é exatamente uma história de super-heróis, e sim, um drama sobre um homem que fica preso dentro da invenção que criou.

Na história, o multimilionário Tony Stark vai ao Vietnã surpervisionar as armas que está criando para o Estados Unidos usarem na guerra ao país; porém, o grupo sofre um atentado e o inventor é sequestrado. No cativeiro, Stark descobre que um estilhaço se alojou em seu coração e que tem pouco tempo de vida. Além disso, é obrigado pelos captores a criar uma arma para usarem contra os inimigos.

A estreia do herói em "Tales of Suspense 39", de 1963.

Com a ajuda do cientista ganhador do Prêmio Nobel, Ho Yinsen, também feito prisioneiro, Stark constrói uma armadura com a qual pretende libertá-los. Porém, Yinsen termina assassinado pelos captores e Stark usa a armadura para fugir sozinho. O conto termina com o empresário rondando sozinho na floresta, sem perspectivas de ir para casa e à beira da morte quando a bateria da armadura descarregasse e seu coração falhasse.

Parece que ao ver o material pronto, Stan Lee mudou de ideia sobre o personagem e decidiu transformá-lo em um dos super-heróis, que estavam apenas nascendo na Marvel Comics. Nos últimos dois anos, Lee tinha ajudado a criar o Quarteto Fantástico, Hulk, Thor, Homem-Aranha e alguns outros; e viu que o Homem de Ferro poderia se unir ao time.

Assim, em Tales of Suspense 40, lá estava o personagem de novo, agora de volta aos EUA – e sem explicar o que houve após o fim da primeira história – agindo como um super-herói e um playboy milionário ao mesmo tempo.

Tony Stark: playboy, construtor de armas... personagem improvável. Arte de Don Heck.

Stan Lee nunca escondeu que a inspiração para a criação de Tony Stark foi o excêntrico milionário e inventor Howard Hughes que, na vida real, ficou rico pelo próprio esforço e saiu por aí vivendo uma vida de excessos, namorando atrizes de Hollywood, inventando aviões especiais e armas para o exército norteamericano, além de ser completamente maluco em sua vida pessoal. Exceto a útlima parte, todo o resto foi usado por Lee (e Lieber) para compor o personagem Tony Stark.

Quem quiser conhecer um pouco da vida de Howard Hughes, uma boa dica é a cinebiografia O Aviador, de Martin Scorsese, estrelada por Leonardo Di Caprio.

Além disso, Stan Lee já disse em várias entrevistas que encarou a criação do Homem de Ferro como um desafio a si mesmo e seus limites. Nas entrevistas que compõem o pacote especial do filme Homem de Ferro, de 2008, em DVD-duplo, Lee diz:

Era o auge da Guerra Fria. Os leitores, os jovens leitores, se tinha uma coisa que eles odiavam era a guerra! Eram os militares. Então, pegue um herói que representa aquilo ao centésimo nível. Ele era um fabricante de armas, produzia armas para o exército, era rico e um industrial… Eu pensei que seria divertido pegar esse tipo de personagem que ninguém gostaria, nenhum dos nossos leitores gostaria, e enfiá-lo abaixo da garganta deles [risos] e fazê-los gostar dele. E ele se tornou muito popular!

Capa de "Tales of Suspense 40" por Jack Kirby.

De fato, as histórias do Homem de Ferro – na verdade, apenas delineadas por Lee, mas escritas de fato por Larry Lieber – eram as que mais exploravam a paranóia e rivalidade da Guerra Fria, de modo que quase todos os principais vilões que o herói combateu em suas primeiras aventuras eram advindos do regime Comunista, seja da União Soviética, da China ou mesmo de Cuba.

Mas ao longo dos anos 1960, com a mudança de figura da Guerra Fria e da Guerra do Vietnã, esse contexto foi abandonado em razão de outras situações, como a espionagem industrial, tema recorrente dos anos 1970.

No meio tempo, o Homem de Ferro também se tornou um dos fundadores e principais personagens dos Vingadores, o principal grupo de heróis da Marvel.

O Homem de Ferro nos cinemas: um dos maiores sucessos do Marvel Studios.

Mas suas histórias perderam a maior parte do interesse com o passar do tempo e Stark só se tornou mesmo relevante como personagem a partir do final dos anos 1970, quando suas histórias sofreram uma guinada e uma renovada nas mãos do trio David Michelinie, Bob Layton e John Romita Jr.

Daí em diante, o Homem de Ferro passou a ser um dos principais personagens do Universo Marvel e, à exceção de um período de falta de criatividade na metade dos anos 1990, quase sempre foi alvo de boas histórias.

Nos últimos anos, Stark foi promovido a um tipo de papel central dentro do Universo Marvel, não tanto em suas aventuras solo, mas naquelas relacionadas aos Vingadores. A chegada de sua série cinematográfica, em 2008, só contribuiu para torná-lo cada vez mais conhecido fora do mundo dos quadrinhos.

O Homem de Ferro nos quadrinhos

Capa de "Tales of Suspense 45" por Jack Kirby. Visual desengonçado.

Em suas primeiras aventuras, o Homem de Ferro tinha um visual muito calcado na tecnologia dos anos 1950 e 60, uma representação que, nos dias de hoje, soa rústica demais. Ainda assim, quando voltou aos EUA, em Tales of Suspense 40, o herói apenas mudou a cor de sua armadura de cinza para dourado, atendendo às considerações de uma amiga que viu o Homem de Ferro em ação e o achou assustador demais.

Tony Stark vivia como um playboy irresponsável, numa vida de festas e álcool, mas secretamente, tinha que usar uma placa peitoral o tempo todo para manter seu coração batendo, algo mantido também nos filmes. Ninguém sabia que ele era o Homem de Ferro, que fazia aparições públicas como um tipo de guarda-costas das Indústrias Stark.

A armadura era descrita como sendo feita de ferro mesmo, no início, embora Stark usasse manipulações magnéticas para não ser alvo fácil de imãs. Mas mesmo nas histórias, sua aparência soava desengonçada e pesada demais para um herói.

A estreia dos Vingadores, por Stan Lee e Jack Kirby.

Alguns meses depois de sua estreia, o Homem de Ferro já aparecia como um dos fundadores dos Vingadores em Avengers 01, de 1963, produzida por Stan Lee e Jack Kirby. O heróis se unem para deter o Hulk, mas percebem que este está sendo manipulado por Loki, o maior vilão de Thor, e todos se unem contra ele.

Em Avengers 02, é mostrado que Tony Stark emerge como o principal financiador dos Vingadores, inclusive, doando uma mansão na 5ª avenida para que a equipe fique ali instalada. Embora, naquele momento, nem mesmo os membros da equipe soubessem que Stark era o Homem de Ferro, a Mansão dos Vingadores permaneceu como QG do grupo até os anos 1980.

Um Novo Visual

O novo visual do Homem de Ferro em "Tales of Suspense 48". Arte de Jack Kirby.

visual do Homem de Ferro realmente incomodava, então, o herói ganhou uma armadura totalmente nova – Mark III ou Mark 2.0 (considerando a anterior a Mark 1.2 porque só mudou de cor) dependendo da fonte – em Tales of Suspense 48. O roteiro foi de Lee e Leiber. Até hoje, não é claro quem criou o visual: Jack Kirby criou a capa e Steve Ditko desenhou a história. Já há outra disputa entre os dois artistas pela criação do visual de outro herói – o Homem-Aranha, que normalmente é creditado somente a Stan Lee e Steve Ditko, mas é sabido que Jack Kirby teve alguma participação em sua criação.

Quanto à Mark III/Mark 2.0 do Homem de Ferro – a armadura que definiu o visual definitivo do herói e é usada como padrão para todas as outras – é mais provável que tenha sido criada mesmo por Jack Kirby, por causa de alguns elementos gráficos muito típicos dele, como as “botas de bucaneiro” e o esquema de calça e sunga diferenciados.

E só para constar: embora raramente desenhasse suas aventuras solo, Jack Kirby foi o desenhista de praticamente todas as capas da revista Tales of Suspense em que o Homem de Ferro estrelou.

Painel explica o funcionamento da nova armadura. Arte de Steve Ditko.

Rapidamente a Mark III/Mark 2.0 se tornou popular entre os leitores e também apareceu em Avengers 03, agora com uma história desenhada por Kirby.

Criando o mundo de Tony Stark

Essa primeira fase do herói na revista Tales of Suspense foi marcada pela temática da Guerra Fria, embora na medida em que Stan Lee passou a se envolver mais com o título, a temática da espionagem industrial também tenha ganhado espaço.

Capa de "Avengers 16" traz o afastamento do Homem de Ferro do grupo. Arte de Jack Kirby.

Pouco a pouco, Lee e outros escritores como Larry Lieber e Don Rico, foram criando o universo particular do Homem de Ferro, com o surgimento de seus principais vilões – Nevasca (n.º 45), Dínamo Escarlate (46), Mandarim (50) e Homem de Titânio (69). Os coadjuvantes principais, Pepper Potts e Happy Hogan, também surgiram na edição 45; enquanto outros personagens relevantes viriam em seguida, como a Viúva Negra (52) e o Gavião Arqueiro (57).

Enquanto isso, o Homem de Ferro tinha outra “encarnação” em meio às aventuras dos Vingadores, feitas por Stan Lee e Jack Kirby. O “vingador dourado” permaneceu como membro efetivo até a edição 16 de Avengers, quando ele, Gigante, Vespa e Thor decidem sair do grupo e deixá-lo sob a responsabilidade do Capitão América, agora liderando três ex-criminosos: o Gavião Arqueiro e a dupla Mercúrio e Feiticeira Escarlate.

A partir daí, apesar de se criar a ideia de que o Homem de Ferro, o Capitão América e Thor seriam “os três grandes” dos Vingadores, raramente estavam reunidos na revista, apenas fazendo participações especiais. Assim o foi por praticamente toda a longa e clássica temporada de Roy Thomas e John Buscema à frente da equipe.

O Homem de Ferro na Guerra Kree-Skrull, em 1971. Arte de Sal Buscema.

Ainda assim, em momentos especiais, lá estava o Homem de Ferro de volta, como no clássico arco A Guerra Kree-Skrull, de 1971, escrita por Thomas e desenhada por Neal Adams e Sal Buscema.

Paralelamente, as aventuras do “vingador dourado” prosseguiam em Tales of Suspense, embora agora Stan Lee fosse de fato o roteirista do título, ainda com desenhos de Don Heck. Na edição 58, de 1964, o Capitão América fez uma participação especial na aventura do herói, na qual, num típico enredo de Lee, um mal entendido os leva a lutarem. A capa de Jack Kirby virou um ícone da época.

"Tales of Suspense 58", de 1965, dá início à partilha da revista entre o Capitão América e o Homem de Ferro. Arte de Jack Kirby.

Era uma estratégia de Lee para que, a partir da edição 59, a revista Tales of Suspense passasse a trazer as histórias não apenas do Homem de Ferro, mas também do Capitão América. O fato dos heróis dividirem a maioria das capas dali em diante só aumentou a vinculação entre os dois personagens, que passaram a ser retratados como grandes amigos, embora apresentassem algumas diferenças quase irreconciliáveis.

Lee escrevia ambas, mas a arte saiu das mãos de Don Heck e passou brevemente para Adam Austin e, então, se fixou com Gene Colan, um artista em ascensão.

Período Difícil

Depois de um tempo, o Homem de Ferro até deixou de aparecer nas capas de "Tales of Suspense". Aqui, edição 80 por Jack Kirby.

Entretanto, o sucesso das aventuras do Capitão América foi tão grande que deixaram o Homem de Ferro em um lugar secundário na revista. Assim, quando Tales of Suspense chegou ao número 100, em 1968, seu título foi mudado para Captain America, passando a trazer somente aventuras do “sentinela da liberdade”.

Foi lançada, em seguida, uma edição especial chamada Iron-Man & Namor, the Submariner, uma revista especial com mais páginas nas quais o Homem de Ferro une forças a Namor, o Príncipe Submarino, contra o vilão Chicote Negro (Whiplash); escrita por Roy Thomas e desenhada por Gene Colan.

Capa de "The Invincible Iron-Man 01", de 1968, por Gene Colan.

Então, ainda em 1968, estreava a primeira revista própria do herói, The Invincible Iron-Man, agora com roteiros de Archie Goodwin e arte de Gene Colan (nos primeiros quatro números) e George Tuska (dali em diante).

Porém, a qualidade das histórias caiu bastante, mesmo que bons roteiristas tenham passado pelo título, como Gerry Conway, Gary Friedrich e Bill Mantlo, enquanto os desenhos tenham permanecido na maior parte do tempo com George Tuska, embora outros como Don Heck também tenham contribuído.

Fase Áurea

Stark sucumbe ao álcool em "O Demônio na Garrafa". Arte de John Romita Jr.

No fim dos anos 1970, a revista do Homem de Ferro estava em pleno declínio e a Marvel já considerava cancelá-la. Então, uma nova equipe foi designada para assumi-la: David Michelinie (roteiro), Bob Layton (corroteiro e arte-final) e John Romita Jr. (desenhos), que estreou em The Invincible Iron-Man 116, de 1978.

O encadernado da Panini. Capa de John Romita Jr.

Entre as obras do trio têm destaque o famosíssimo arco O Demônio na Garrafa, em que Tony Stark precisa enfrentar o seu maior inimigo: o alcoolismo! A história foi publicada entre The Invincible Iron-Man 120 e 128, de 1979, e é a melhor história do personagem. No Brasil, foi relançada em 2008 em um encadernado da editora Panini, que republica o material da Marvel no país, chamado Os Maiores Clássicos do Homem de Ferro Vol 01. Com sorte, se encontra nas livrarias.

A clássica batalha contra o Dr. Destino nos tempos do Rei Arthur. Arte de John Romita Jr.

Michelinie, Layton e Romita Jr. também criaram a famosa história Doomquest na qual o Homem de Ferro e o vilão Dr. Destino terminam viajando ao passado, aos tempos do Rei Arthur, uma aventura muito boa, publicada em The Invincible Iron-Man 149 e 150, de 1981.

O trio não apenas produziu ótimas histórias como criou vários personagens essenciais, sendo, de fato, a mais importante entre todas as do herói. Surgiram o piloto, amigo e guarda-costas Jim Rhodes; o vilão Justin Hammer; a namorada Bethany Cabe; e até a secretária Srta. Arbogast.

Problemas com o álcool

O vilão Obadiah Stane se transforma no Monge de Ferro. Ponto alto da temporada de Dennis O'Neil.
Apesar de vencer uma batalha no arco Demônio na Garrafa, Tony Stark continou a ter problemas com a bebida, e este se agravou na excelente fase escrita por Dennis O’Neil, escritor mais famoso por seu trabalho com o Batman na DC Comics. O’Neil cuidou da revista do Homem de Ferro por um longo período, e com vários desenhistas, dentre os quais Luke McDonnell, Rick Buckler e Mark D. Bright, entre The Invincible Iron-Man 160 a 208, de 1982 a 1986.

Nesta fase, Stark caiu completamente vítima do alcoolismo, perdendo sua fortuna e sua dignidade… além de até deixar de ser o Homem de Ferro. Por um longo período, entre 1983 e 1985, Jim Rhodes foi o “vingador dourado”, enquanto Stark vivia seu maior pesadelo. O substituto, inclusive, fez parte dos Vingadores da Costa Oeste, que foram fundados naquele intermédio, e também lutou na saga Guerras Secretas, editada como uma maxissérie em 12 capítulos escritos por Jim Shooter e desenhados por Mike Zeck.

A armadura Centurião Prateado causou polêmica na época pela mudança radical.

Foi nesse período em que surgiu o vilão Obadiah Stane, que roubou a fortuna de Stark e transformou a Stark Internacional em Stane Internacional. No fim das contas, Stane descobriu que Stark era o Homem de Ferro e usou seus planos para criar a armadura do Monge de Ferro.

A batalha dos dois foi o grande momento de The Invincible Iron-Man 200, de 1986, e foi adaptada como trama principal do filme Homem de Ferro, de 2008. Nos quadrinhos, essa aventura marcou a estreia de uma nova e bastante diferente armadura do herói, que ficou conhecida como o Centurião de Prata. Poderia ser a Mark 3.0 dos quadrinhos, enquanto a anterior era a Mark 2.1, mas há controvérsias.

Várias Armaduras

Com a saída de Dennis O’Neil da revista, a dupla David Michelinie e Bob Layton voltou, agora com o último assumindo os desenhos integralmente. Pouco depois, Layton voltou à arte-final, enquanto os desenhos ficaram a cargo do ótimo Mark D. Bright.

Homem de Ferro vs. Capitão América na Guerra das Armaduras. Arte de Mark D. Bright.

O trio Michelinie, Layton e Bright fez uma ótima temporada na revista e seu ponto alto foi o arco Guerra das Armaduras, publicado entre The Invincible Iron-Man 225 e 232, de 1987. Na trama, Stark descobre que seu rival Justin Hammer usou o Espião Mestre para roubar seus planos sobre a tecnologia da armadura do Homem de Ferro e o vendeu a vários vilões e até ao Governo dos EUA.

A armadura chamada Neoclássica na capa do encadernado de Guerra das Armaduras, da Panini.

Decidido a não ver sua tecnologia ser usada por ninguém sem sua permissão, Stark parte em uma missão enlouquecida de inutilizar qualquer armadura que use sua tecnologia roubada. Como resultado, o Homem de Ferro saiu enfrentando uma série de vilões – para o público a esmo – e terminou enfrentando o Governo, inutilizando as armaduras do Mandroides da SHIELD e dos Guardiões da Gruta, um presídio especializado em supercriminosos.

Esses atos serviram para transformar o Homem de Ferro em um fora da lei e caçado pela SHIELD, além de seu velho amigo Steve Rogers, que não era mais o Capitão América, e sim, usava um uniforme negro sob alcunha apenas de Capitão.

A saída de Stark, que ainda mantinha sua identidade secreta, foi “demitir” o Homem de Ferro, que foi “morto” pelo exército dos EUA. Stark sobreviveu ao confronto, mas ao custo de sérios danos ao seu corpo, especialmente no joelho.

"Homem de Ferro 2" se baseia vagamente na saga Guerra das Armaduras.

Ao final, um “novo” Homem de Ferro surgiu, numa nova armadura, trazendo de volta o esquema de cores clássicas, mas diferente da anterior, o que lhe valeu o nome de Neoclássica. Ou Mark 4.0.

Este arco fantástico foi ligeiramente adaptado como trama em Homem de Ferro 2, de 2010, e foi republicado no Brasil pela Panini recentemente, no encadernado Guerra das Armaduras.

Após a Guerra das Armaduras, David Michelinie continuou no título, mas a arte passou a Jackson Guice. Foi uma fase um pouco “menor” na qual o grande destaque foi Stark ficar paralítico por causa do tiro de uma ex-namorada, em The Invincible Iron-Man 242. Primeiramente usando uma cadeira de rodas e uma armadura teleguiada (a Mark 4.1), mais tarde, o herói voltou a controlar os movimentos mediante um ship avançado instalado na coluna cervical (Mark 4.2).

Guerra das Armaduras II traz textos de John Byrne e a volta de John Romita Jr. com novo traço.

Após essa pequena “baixa”, o Homem de Ferro voltou a um grande momento quando o escritor John Byrne assumiu o título, em 1990, iniciando o arco Guerra das Armaduras II, a partir da edição 258. Outro destaque da saga foi a volta do desenhista John Romita Jr., agora com um novo traço, bem mais estilizado.

Depois, Romita Jr. foi substituído por Paul Ryan, numa série de boas histórias escritas por Byrne na qual o vilão Mandarim foi reestabelecido como um oponente respeitável.

Violência e excessos

A versão Máquina de Combate do Homem de Ferro: mais violência.

A chegada dos anos 1990 estabeleceu um novo estilo de quadrinhos, mais violentos e sombrios, chamado de Era Sombria. O Homem de Ferro aderiu à onda a partir da edição 282, de 1992, na qual o escritor Len Kaminski e o desenhista Kevin Hopgood iniciam uma trama na qual Tony Stark é obrigado a construir uma armadura cheia de armamento pesado, como metralhadoras e lança-mísseis. Essa versão (Mark 5.0), em cinza e branco em vez do tradicional vermelho e amarelo, ficou conhecida como War Machine ou Máquina de Combate.

Logo em seguida, na edição 284, Tony Stark é dado como morto, vítima do colapso de seu corpo mediante o uso prolongado do ship que lhe conferiu os movimentos das pernas de volta. Assim, Jim Rhodes se torna novamente o Homem de Ferro, só que agora, usando a nova armadura.

Jim Rhodes se torna o Máquina de Combate, um novo herói.

Mas obviamente, Stark voltou no número 290 – edição que comemorou os 30 anos do personagem (1963-1993) – revelando que ele usou a falsa morte para usar um arriscado procedimento de regeneração genética que lhe permitiu ficar totalmente curado de seus males físicos. Rhodes não gostou nem um pouco de ter sido enganado e rompe as relações com o amigo.

Era o pretexto da Marvel para que Rhodes se tornasse um novo herói, o Máquina de Combate (Mark 5.1) e ganhasse suas próprias aventuras, na revista War Machine, que fez algum sucesso inicialmente e durou 25 edições lançadas até 1996.

Pior fase

A armadura chamada Modular.

Kaminski e Hopgood continuaram as aventuras do Homem de Ferro, agora usando uma nova armadura (Mark 6.0) que foi apelidada de Modular, porque podia acrescentar novos elementos na medida da necessidade das missões. A partir dali, o personagem viveu uma de suas piores fases, com histórias desinteressantes e repletas de violência, além de falta de criatividade.

No lado dos Vingadores, o Homem de Ferro permanecia sem ser um personagem de destaque desde o início dos anos 1980, quando da primeira substituição por Jim Rhodes. Isso mudou um pouco no longo arco Operação Tempestade Galáctica, de 1994, na qual o escritor Bob Harras e o desenhista Steve Epting comandaram uma força-tarefa de outros escritores e desenhistas em várias revistas para mostrar uma grande aventura cósmica.

O Módulo Espacial usado na Operação Tempestade Galática.

No fim da saga, surge uma nova frição entre o Homem de Ferro e o Capitão América – ainda abalados desde o último confronto – por causa da discordância em matar a Consciência Suprema dos Krees, causador de uma perigosa guerra espacial com o Império Sh’iar. À revelia da liderança do Capitão América, o Homem de Ferro comanda um grupo de Vingadores mais extremos para eliminar o inimigo, o que leva a uma cisão no grupo.

De volta à Terra, na revista Avengers West Coast 102, o Homem de Ferro vota pelo fim da equipe secundária e, a partir dela, monta uma nova equipe, mais violenta, chamada Force Works ou Força Tarefa. A equipe foi criada por Dan Abnet e Andy Lanning e desenhada por Tom Tenney e a revista Force Works teve 22 números publicados até 1996, representando o que de pior a Marvel produziu na época, afetada pelo chamado Efeito Muscular: histórias com pouco cérebro e muitos músculos, cheios de desenhos desproporcionais, mas que faziam muito sucesso na época.

Heróis Renascem

Passando por uma crise, a Marvel decidiu “renovar” parte de seu universo e criou a saga Heróis Renascem, na qual alguns de seus principais personagens eram reinventados pelos mais badalados artistas dos quadrinhos da época (e do Efeito Muscular). O Homem de Ferro ficou sob a batuta do superstar Jim Lee nos argumentos, Scott Lobdell nos roteiros e Whilce Portacio nos desenhos.

A horrenda armadura de Heróis Renascem. Arte de Whilce Portacio.

No geral, Heróis Renascem foi a coisa mais medonha já produzida pela Marvel em sua história recente, mas a revista Iron-Man (vol 02) ainda foi talvez a mais interessante delas, pelo menos por apresentar alguns conceitos inovadores, como uma nova e complexa origem para Tony Stark se tornar o Homem de Ferro – e que aproveitava o mesmo acidente para também transformar o Dr. Bruce Banner no Hulk – e a ideia de que os maiores cientistas da Marvel, Tony Stark, Bruce Banner, Reed Richards e Victor Von Doom (o Dr. Destino), tinham mais ou menos a mesma idade e haviam sido colegas estudantes de uma “geração de ouro” da Universidade Empire State nos EUA. Ainda assim, o novo visual do herói (Mark 8.0) criado por Portacio é uma das coisas mais feias já relacionadas ao personagem. A empreitada só teve 13 números e foi cancelada.

Outra Boa Fase

A armadura de Busiek e Cheng: ótima fase!

Terminado o obscuritismo de meados dos anos 1990, o Homem de Ferro demorou um pouco mais do que os outros heróis para “voltar” de fato à ativa. A revista Iron-Man (vol 03) 01 foi lançada em 1998 e trazia uma nova fase muito boa do personagem, com histórias voltadas à espionagem industrial e resgatando e reconstruindo vários conceitos clássicos do herói. Os arquitetos foram o escritor Kurt Busiek e o desenhista Sean Chen, que criou a bela Mark 9.0 que recria o visual da Mark 2.0 para os novos tempos.

A trama mostrava que, na ausência de Stark, sua empresa foi comprada pela rival Fujikawa, um grupo japonês. A trama mostrava os efeitos da globalização, da internet e do mercado financeiro como elementos centrais das tramas, o que foi muito bem feito.

Paralelamente, o mesmo Kurt Busiek trouxe o Homem de Ferro como um personagem relevante dos Vingadores de novo depois de décadas, na nova série a revista Avengers (vol 03), desenhada por George Perez.

Com o passar do tempo e a chegada dos anos 2000, a revista do Homem de Ferro foi deixando de ser popular, mas teve pelo menos uma boa fase naquele período.

Identidade Pública

"The Invincible Iron-Man (vol 03) 55" traz a revelação da identidade do Homem de Ferro.

Assim como o Capitão América, as revistas do Homem de Ferro sofreram muito com o clima pós-Atentados de 11 de Setembro, mas a partir de 2003, ganhou uma boa fase com fortes implicações políticas que terminariam por levar o personagem a se tornar o principal do Universo Marvel ao longo daquela década!

Antes disso, apenas um evento muito importante: Tony Stark revela publicamente que é o Homem de Ferro em The Invincible Iron-Man (vol 03) 55, de 2002, numa história de Mike Grell e Michael Ryan.

Início do arco "Melhor Defesa" em "Iron-Man 73", de 2003.

Escrito por John Jackson Miller e desenhado por Josh Lucas, o arco A Melhor Defesa foi publicado em The Invincible Iron-Man (vol 03) 73 a 78, de 2003 e 2004, e trouxe uma trama em que Tony Stark descobre que sua tecnologia está sendo usada pelo exército, assim, decide acompanhar de perto o que está acontecendo. Os eventos se encaminham para que Stark se candidate ao posto de Secretário de Defesa dos EUA, tendo como principal rival o subsecretário Sonny Burch.

Burch se revela um político inescrupuloso, que termina criando uma campanha difamatória contra Stark, revivendo seu passado de playboy e de alcoólatra. No fim das contas, o herói desiste do cargo.

Novos Vingadores

Os Novos Vingadores na arte de David Finch.

Depois, o arco Vingadores: A Queda leva ao fim da equipe, apenas para ela ressurgir seis meses depois em uma nova encarnação: os Novos Vingadores. Na revista New Avengers, por Brian Michael Bendis e David Finch, em 2005, o Homem de Ferro e o Capitão América terminam reunindo uma nova equipe apenas com membros que normalmente não seriam vinculados aos Vingadores, como o Homem-Aranha, Wolverine, Mulher-Aranha, Luke Cage e, mais tarde, o superpoderoso Sentinela e a volta do Gavião Arqueiro, agora sob a identidade de Ronin.

A armadura criada por Adi Granov foi usada nos filmes.

Paralelo a isso, a revista do Homem de Ferro foi cancelada (o volume 03) e se iniciou a nova Iron-Man, cujos números 01 a 06 trouxeram o arco Extremis que mudaria completamente o status do personagem. A história foi escrita pelo aclamado Warren Ellis e belamente desenhada por Adi Granov, que redesenhou a armadura do herói para o mesmo modelo que seria usado nos filmes. Poderíamos chamá-la de Mark 10.3, mas já está ficando difícil acompanhar, não?

Na trama, a tentativa de recriar o Soro do Supersoldado (experimento que deu origem ao Capitão América) resulta no vírus biotecnológico chamado Extremis, que injetado em um bandido comum que se torna um louco superpoderoso e quase invencível. O Homem de Ferro parte para detê-lo, apenas para ser miseravelmente derrotado. Então, Stark decide injetar o Extremis em si mesmo e, como resultado, passa a controlar a armadura mentalmente e a poder acessar com a mente qualquer rede do planeta, de um modo que, pela primeira vez, Stark e a armadura são realmente um só.

Uma curiosidade: artistas da época, como David Finch, Adi Granov e Steve McNiven desenhavam Tony Stark com o rosto do ator Tom Cruise, provavelmente porque o astro ficou muito próximo de encarnar o Homem de Ferro nos cinemas, o que não ocorreu. Robert Downey Jr. teve a honra.

A armadura em outro ângulo.

Em seguida, se armou uma trama na qual Stark terminaria assumindo o cargo de Secretário de Defesa dos EUA, em consequência da minissérie Guerra Secreta de Brian Michael Bendis, onde Nick Fury reúne um grupo de heróis para caçar uma diplomata da Latvéria, país na qual o vilão Dr. Destino é rei, e a mulher termina morta, causando uma grave crise internacional.

Com isso, Nick Fury é demitido do cargo de Diretor da SHIELD (e vira um fugitivo da justiça), enquanto a agente Maria Hill assume o posto.

Guerra Civil

Poster de Guerra Civil por Michael Turner.

No âmbito da Guerra Civil, Stark terminará também assumindo o cargo de Diretor da SHIELD, com Maria Hill como seu braço direito. Na minissérie em sete partes escrita por Mark Millar e desenhada por Steve McNiven, os Novos Guerreiros, uma equipe de terceira categoria formada por jovens heróis, sem querer, causam um acidente idiota que resulta na morte de 600 pessoas (a maioria crianças de uma escola) e faz o Congresso votar rapidamente uma Lei de Registro de Superseres, obrigando a todo mundo que têm superpoderes ou habilidades especiais a se registrar, revelar sua identidade secreta e endereço e trabalhar para o Governo dos EUA, que se encarregaria de treiná-los e ocupá-los.

Feroz batalha entre o Homem de Ferro e Capitão América em Guerra Civil. Arte de Steve McNiven.

Tony Stark, como Secretário de Defesa, é a favor da nova lei e sua face mais pública, porém, uma facção contra a lei emerge de dentro da comunidade de super-heróis, liderada pelo Capitão América, que julga a ação contra os direitos humanos e a liberdade civil. Stark reage violentamente e monta uma equipe para caçar os dissidentes e, junto com Reed Richards e Hank Pym, constrói uma prisão para superseres localizada na Zona Negativa, para aprisionar os ex-colegas.

A disputa termina resultando em uma escarnecida batalha entre os heróis e o Homem de Ferro contra o Capitão América. O supersoldado vence a luta, mas vê que não há nada o que fazer, então, se entrega e é preso. Stark é o “vencedor”, mas a um preço altíssimo: a desconfiança e inimizade de seus antigos aliados.

Thor ataca o Homem de Ferro. Arte de Olivier Coipel.

Em histórias na revista Captain America, o supersoldado é aparentemente morto (ele voltaria depois), o que provoca a fúria de Thor, que estava ausente da Terra há muito tempo. O deus do trovão encontra o Homem de Ferro e lhe dá uma surra, na revista Thor, escrita por J.M. Straczynski e desenhada por Olivier Coipel.

Na revista New Avengers, foram exploradas as consequências, com a equipe agora formada por fugitivos da lei, contrários ao Registro. Por outro lado, Stark monta uma equipe oficial de Vingadores (com Viúva Negra, Miss Marvel, Magnum, Ares, Sentinela e outros), ao mesmo tempo em que funda a Iniciativa dos 50 Estados, destinada a treinar superseres para agir ao lado do Governo, o que resulta em duas novas revistas:The Mighty Avengers e Avengers Iniciative.

Illuminati

Os Illuminati: organização secreta mudando os rumos do Universo Marvel. Arte de Jim Cheung.

Mesmo que numa posição quase vilanesca, Tony Stark se torna, então, o principal personagem do Universo Marvel e novas revelações reforçam esse status. Em 2007, Brian Michael Bendis lançou uma minissérie chamada New Avengers: Illumiati, com arte de Jim Cheung, que mostra uma história retroativa na qual, após a Guerra Kree-Skrull, o Homem de Ferro reuniu um grupo com os mais influentes personagens do Universo Marvel em cada área, com Charles Xavier (líder dos X-Men), Reed Richards (do Quarteto Fantástico), Dr. Estranho (o mestre das artes míticas), Namor, o príncipe de Atlântida e Raio Negro, o líder dos Inumanos.

Esse grupo, chamado de Illumiati é altamente secreto e passa a atuar nos bastidores dos grandes eventos do Universo Marvel. A sua maior missão foi justamente a primeira: foram até o mundo dos Skrulls para confrontá-los e mostrar que não tolerariam a Terra ser alvo de uma nova invasão. Isso geraria um ímpeto revanchista nos aliens que teria sérias consequências.

Outra ação importante dos Illumiati foi aprisionar o Hulk em uma nave e mandá-lo para o espaço sideral, de modo a livrar a Terra de sua ameaça. Algum tempo depois, o gigante verde conseguiu voltar à Terra, cego de fúria, para se vingar do grupo, terminando por revelar a todos a sua existência. Isso ocorre na saga Hulk Contra o Mundo, de Greg Pak e John Romita Jr., que mais tarde seria adaptada como um longametragem animado.

Invasão Secreta

Os Novos Vingadores: fugitivos da lei.

Paralelamente, os Novos Vingadores fugitivos terminam descobrindo que os Skrulls, que são transmorfos, infiltraram diversos agentes entre a comunidade super-heróica da Terra e um clima de paranóia se espalha rapidamente. Na saga Invasão Secreta, de Brian Bendis e Leinil Francis Yu, os Novos Vingadores terminam descobrindo que pessoas como a Mulher-Aranha, Hank Pym e até o Raio Negro são na verdade Skrulls infiltrados.

O vilão Norman Osborn é aclamado herói e ocupa o lugar de Stark.

A viagem dos Illumiati ao mundo Skrull vem à tona e Tony Stark se torna o culpado público pela invasão e, para piorar, o público e o Governo acham que ele não conseguiu combater a contento o evento. No fim das contas, para piorar, o vilão Norman Osborn (ex-Duende Verde), que agora lidera os Thunderbolts, grupo de vilões agindo forçadamente para o Governo, se transforma em um herói ao matar a Rainha Skrull.

Reinado Sombrio

Norman Osborn usa a teconologia de Stark para se transformar no Patriota de Ferro.

Em consequência, Stark é destituído dos cargos de Secretário de Defesa e Diretor da SHIELD e passa a ser um perseguido da justiça. A própria SHIELD é desmontada e substituída por uma nova agência, o MARTELO, comandada justamente por Norman Osborn. É o início do Reinado Sombrio.

Na nova revista The Invincible Iron-Man, o escritor Matt Fraction e o desenhista Salvador Larroca contam as consequências dessas ações, num arco de histórias que termina ganhando o Prêmio Eisner (o Oscar dos quadrinhos). Para impedir que Osborn tenha acesso à sua tecnologia, Stark começa a apagar a própria mente. Quando é capturado, não há mais informações úteis em seu cérebro e ele termina em coma.

Bela capa de "Iron-Man 20" com o início de "Stark: Dissassembled".

No arco Stark: Dissassembled, publicado em The Invincible Iron-Man 20 a 24, de 2009, mesmo em coma, Stark consegue emitir um pedido de ajuda ao Dr. Donald Blake, o alterego de Thor, de modo que este faz um tipo de backup da mente do Homem de Ferro.

De volta, o Homem de Ferro deixa de usar a armadura do estilo dos filmes, criada por Adi Granov, para usar uma nova, (talvez a Mark 11.0, mas quem sabe?) cheia de luzes e que se mantém até o momento.

No fim das contas, Stark ajuda os heróis derrubar o Reinado Sombrio de Norman Osborn, dando início à Era Heróica, onde faz as pazes com seus velhos amigos. Homem de Ferro, Thor e Capitão América voltam a ser os três grandes dos Vingadores – pela primeira vez desde o início da década de 2000 – e reestruturam a equipe.

Era Heróica

Os "três grandes" dos Vingadores reunidos após muitos anos.

A nova revista The Avengers, escrita por Brian Michael Bendis e desenhada por John Romita Jr., mostra essa nova equipe com o Capitão América, Thor, Homem de Ferro, Homem-Aranha e Wolverine. Contudo, quem empunha o escudo do Capitão América não é Steve Rogers, mas seu substituto, James Buchanan Barnes, o ex-Bucky e ex-Soldado Invernal.

Steve Rogers lidera os Vingadores Secretos em missões furtivas, mas depois de um tempo, termina voltado à equipe principal ao lado de seus velhos amigos.

Os Vingadores, por sua vez, estão prestes a ter a mesma formação que exibem no filme: Capitão América, Thor, Homem de Ferro, Viúva Negra, Hulk e Gavião Arqueiro.

No Cinema

Tony Stark no trailer de Os Vingadores.

O Homem de Ferro teve a honra de inaugurar o Universo Marvel do Cinema e seu primeiro filme, de 2008, foi um dos maiores sucessos da casa até agora. No final do filme, Tony Stark (Robert Downey Jr.) revela à imprensa que é o Homem de Ferro e, em seguida, recebe uma visita de Nick Fury (Samuel L. Jackson) que diz ser o Diretor da SHIELD e quer falar sobre a Iniciativa Vingadores.

No mesmo ano, saiu O Incrível Hulk cuja cena final mostra Tony Stark conversando com o Gen. Thadeus Ross, marcando uma interligação entre os filmes.

Nos filmes, Tony Stark também é o principal elo que irá unir os Vingadores.

Homem de Ferro 2 trouxe a Viúva Negra (Scarlet Johansson) e deixou implícita uma ligação de seu pai com o Capitão América. No final, o Agente Coulson da SHIELD (Clark Gregg) encontra o martelo de Thor no deserto.

Thor, de 2011, faz uma ligação com Capitão América – O Primeiro Vingador, que por sua vez traz Howard Stark, o pai de Tony Stark, como um dos personagens principais e realmente envolvido no surgimento do supersoldado da Marvel.

Agora, todas as peças irão se unir em Os Vingadores.

Não perca, na próxima é a vez do Hulk!