Atenção! O texto está carregado de Spoilers. Portanto, se não quiser saber o que acontece, não leia!
O último episódio de Smallville foi exibido nesta sexta-feira, 13 de maio, nos EUA, através do canal The CW, encerrando 10 anos de história.
A série que narrou a longa jornada do jovem Clark Kent cumpriu sua meta: de sua adolescência na pequena cidade de Smallville no Kansas até ele se tornar o Superman em Metrópolis, o herói de que todos precisam e o maior defensor da Terra. Como todos esperavam – e isso não é spoiler nenhum – Clark Kent (Tom Welling) completa sua jornada e se transforma no Superman.
Batizado apenas como Finale, o último episódio de Smallville, na verdade, reúne os capítulos 21 e 22 da 10ª temporada, os de número 217 e 218 da série. E sua trama é bem construída, podendo agradar tanto aos fãs quanto aqueles que simplesmente se interessem pela história do Superman.
Embora permeado de momentos piegas e alguns clichês – principalmente no começo – o que se vê é, no todo, uma boa história para a televisão: o planeta Apokolipse se aproxima da Terra e, com isso, aumenta a influência da entidade Darkseid sobre os humanos, corrompendo-os e dominando-os de modo maligno. Ao mesmo tempo, Clark e Lois Lane (Erica Durance) têm que terminar os últimos acertos de seu casamento (e a noiva está a ponto de desistir de tudo! – lágrimas e mais lágrimas). Mas há um problema maior: Oliver Queen (Justin Hartley), o Arqueiro Verde, o maior aliado de Clark, está contaminado pelo “lado negro” e os três profetas de Darkseid o fizeram encontrar um pedaço de kryptonita amarela, a mais poderosa de todas e que pode eliminar os poderes de Clark para sempre! Enquanto procura uma forma de ajudar os heróis em sua empreitada, Tess Mercer (Cassady Freeman) é sequestrada por seu pai, Lionel Luthor (John Glover) que quer usar seu coração para salvar a vida de Lex Luthor (Michael Rosenbaum), que antes de morrer (na 8ª temporada) havia iniciado a um programa de clonagem de si próprio.
Agora, Clark Kent precisa descobrir as peças que faltam para se transformar no Superman e usar todos os seus poderes – atenção fãs, todos! – para impedir Darkseid de tomar o controle da Terra e de que Apokolipse se choque com o planeta, enquanto o Governo dos EUA se prepara para disparar mísseis nucleares contra o que pensam ser um asteróide. Lois Lane sabe que a explosão vai lançar destroços na Terra e matar milhões de pessoas e, portanto, precisa dar um jeito de entrar no Air Force 1 que está em Metrópolis e falar com o Presidente em pessoa!
No fim das contas, temos um episódio excelente de Smallville, talvez mesmo o melhor da série e não há preço ver Clark Kent finalmente alçar vôo e usar seu uniforme icônico ao som da canção-tema de John Williams.
Também é legal a cena de abertura e encerramento do episódio, que traz Chloe Sullivan (Alison Mack) em uma bela homenagem à história da série. Há participações especiais da mãe de Clark, Martha Kent (Annette O’Toole), e de seu falecido pai, Jonathan Kent (John Schneider), numa aparição deus ex-machina. Jor-El (voz de Terence Stamp), o pai kryptoniano do Superman, desempenha um papel importante.
Para os fãs de longa data, há inúmeras cenas memoráveis da série, desde a chuva dos meteoros e o acidente com o porsche de Lex Luthor, passando por algumas das mais famosas cenas de Smallville que lembram momentos-chaves dos dois.
Falando em Lex, ao contrário do que se pensava, sua volta à série não ocorre de modo desproposital e o personagem cumpre um papel importante ao episódio e ao desfecho de outras personagens.
O que pesa contra o Finale são os episódios anteriores, já que Smallville começou bem a 10ª temporada, mas a metade final passou a ideia de que os produtores já havia mostrado tudo o que queriam e não sabiam mais o que fazer. Episódios imitando descaradamente filmes como Matrix, Gladiador, Homem de Ferro e até Se Beber Não Case (!) jogados assim entre os seis últimos capítulos só podem significar que o poço secou antes da hora. É uma pena, pois a trama envolvendo a Lei de Registro dos Vigilantes (VRA, na sigla em inglês) – mesmo copiada da editora concorrente Marvel (o Superman e seu universo pertencem a DC Comics) – foi uma das melhores coisas que Smallville produziu ao longo de sua história e permitiu desenvolver e adaptar o Universo DC na televisão de um modo nunca feito antes, com inúmeras personagens coadjuvantes (heróis e vilões) adaptadas. Mas esta trama se encerrou por volta da metade da 10ª temporada e ficou um vazio a ser (mal) preenchido até o final. O modo como as coisas são aceleradas neste episódio (o que não é um ponto negativo, afinal) só reforça a impressão.
Mas visto isoladamente, o último episódio se sustenta e traz um nivel de ameaça altíssimo – bem maior do que os dos filmes do Superman, por exemplo – e, também ao contrário de outras ocasiões em que grandes perigos ocorreram na série, desta vez tudo é bem resolvido. O capítulo também não se furta de dar um salto ao futuro e mostrar o que acontece depois de Smallville, servindo como um presente aos fãs da série e dos filmes.
Por fim, é necessário pensar que em suas 10 temporadas e 218 episódios – a mais longeja série de ficção científica da história dos EUA – Smallville teve pontos altos e baixos (alguns bem baixos mesmo), mas no fim das contas, esteve recheado de coisas positivas: desenvolveu conceitos de modo inédito (o jovem Kal-El chegar à Terra em sua nave encoberta por uma chuva de meteoros, que trouxeram a kryptonita, a sua maior fraqueza futura); explorou o Universo DC em suas três últimas temporadas, com uma origem mais lenta e detalhada da Liga da Justiça.
Agora, com o término de Smallville, Superman e Liga da Justiça alçarão vôos literalmente mais altos. O homem de aço terá um novo filme a estrear em 2012 e a Warner promete um filme (o primeiro) da Liga da Justiça para 2013. Após a experiência da série, a adaptação do Universo DC nas telas e o nível de ameaça mostrado, é de se esperar que os milhões de dólares a mais permitam finalmente firmar a franquia do último filho de Krypton nas telonas e, quem sabe, ser tão bem-sucedido quanto seu amigo mascarado e sombrio de Gotham City.
Terminei de ver o último episódio agora. Estou com um sorriso no rosto até agora. Gostei bastante! Um grande final para uma série épica! Mesmo com alguns pontos baixos que tivemos durante as 10 temporadas, Smallville pode sim ser considerado um ótimo seriado! Parabéns pela resenha! Grande abraço!
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Mesmo em seus momentos “Dawson’s Creek com superpoderes”, Smallville vai deixar saudades pela inúmeras referências aos quadrinhos, aos filmes originais e até as séries “duvidosas” que o sucederam… Será que veremos a Warner criar algum substituto a altura? Parabéns pelo post!
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Quando Oliver Queen mata os profetas, usando aquelas as flechas els se refere a ter amigos em alto escalão. Ele se refere ao próprio Clark ou à alguem mais? Tem algo aver com a citação do arco de Orion onde se lê; “O maior poder é o poder interior.” Quando Clark encontra lois no porão do Planeta Diário, ela diz: “Que os Sátelites e a Internet cairam há quinze minutos.” Como isso é possivel se logo consultam os computadores para descobrir o paradeiro através da pesquisa da placa do carro e depois do GPS que Lionel usava quando capturou Tess. Essas não são incongruencias do episódio. Apesar disso adorei o seriado e principalmente adorei Erica Durance no papel de Lois Lane, sem menosprezar a atriz teri Hatcher, a Lois Lane dessa série é a mais bonita, sexy e interessante de todas as outras que já atuaram nesse personagem. Sem duvida a personagem esta há altura do Super sendo ela que finalmente dá a dica do nome quando esta na Fortaleza de Jor El e um pedaço de gelo cai em cima ela o levanta com as mãos, Kal el pergunta voce esta bem e ela diz: “Eu estou mais que bem, estou super.” Impressionante a maneira como consegue lugar no Força Aérea 1 e tambem o que faz dentro do avião. Já sinto saudades da Lois e é pena que a atriz não tenha tido depois outras participações relevantes na tv ou cinema.
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Olá, Eduardo, obrigado por escrever aqui no HQRock.
Concordo com você e disse isso em um dos posts sobre a série: a Lois Lane de Smallville foi a melhor representação da personagem em live action. Margot Kidder e Teri Hatcher fizeram bons trabalhos, mas Erica Durance pôde desenvolver todas as nuances da personagem, criando alguém ao mesmo tempo neurótica e determindada; acelerada, ansiosa, mandona, intransigente, mas também, bondosa, ética e responsável, mas que vive em conflito consigo mesmo e precisa de foco para isso.
Quanto à cena do Arqueiro Verde, acho que ele se referia mesmo a Clark e a Liga da JUstiça. A citação a Orion foi tão breve que não penso que tem essa determinação na citada cena.
Um grande abraço!
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Gosto muito de series e filmes
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adorava essa serie,mas lá pela 5° temporada,achei que a serie se perdeu um pouco, e depois da saída de lex luthor,parei de assitir,pois eu gostava do luthor e nao do clark! luthor sempre foi o maior inimigo do “homem de aço” sem ter nenhum poder!!! usando apenas seu intelecto e conhecimento superiores aos do superman. Agora baixei toda a serie e to assistindo os episodios que perdi, e realmente o ultimo foi memoravel,até por que, LEX LUTHOR está de volta! ah! e assim como o dono deste site/blog, tambem coleciono gibis(HQ,QUADRINHOS,SEJA LA COMO QUEIRAM CHAMAR) desde 1989(tinha 12 anos), e sou fascinado pela MARVEL e DC COMICS
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Uma bela BOSTA essa série.
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Troll.
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Adorei a série tom welling e muito lindo amei.
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